terça-feira, 3 de setembro de 2013

Grupo clariô de Teatro apresenta "HOSPITAL DA GENTE" na Zona Leste - Neste Final de Semana!


HOSPITAL DA GENTE - GRUPO CLARIÔ DE TEATRO 
Mulheres-bomba, separadas pelos maridos, pais, amantes e pela ideologia perversa de um Estado injusto, predador, excludente... Mulheres exploradas, por homens e pregadores de todos os matizes fundamentalistas. Mulheres próximas, e a um triz, do motim. Essas mulheres Marcelino-freireanas são deslumbrantes. São mulheres em cujos textos, algumas vezes, referenciados no chão nordestino, estendem esse território para além das “Boas Viagens pernambucanas”: percorrendo toda a extensão atlântica do país, rumo ao seu interior também. As atrizes-criadoras representam o mais belo dos excelentes achados da obra. O coro feminino que fala do fogo no barraco de Dona Preta é inesquecível.  (Professor Alexandre Mate).
"As donas das vozes da favela. A poesia da obra literária de Marcelino Freire, acrescida da singela e delicada condução do diretor Mário Pazini e de interpretações talhadas com verdade de quem conhece de perto o que se fala, Hospital da Gente não cai no perigo da autocomiseração, ocupando-se mais em mostrar o cotidiano daqueles moradores do que lamentar e explanar sobre os motivos que os levaram à situação tatuada pelo risco social." (Michel Fernandes*, do Aplauso Brasil).
Vida na periferia, por quem é de lá. Flagrantes da vida da periferia? Sim, mas numa abordagem original dessa temática cada vez mais presente em telas e palcos. E não é só uma qualidade "de origem", do lugar de onde se fala, de dentro para fora. Antes de mais nada há um desejo manifestado por esses artistas de entender e discutir a vida nas bordas da metrópole - sem drama. A ausência de autopiedade é elemento essencial na poética da trupe e se faz presente na encenação, na dramaturgia e, sobretudo, nas interpretações. (Beth Néspoli - Caderno 2  =  Estadão).

Sem drama. O cenário simples joga na nossa cara aquilo que, quando passamos em frente, viramos o olho: a favela. Com seus barracos de madeira e restos, com o lixo. Estamos dentro de Hospital da Gente, do paulistano Grupo Clariô de Teatro. (…) A realidade, posta às claras assim, sem cerimônia, sem dramalhão, dói e choca. Talvez esteja aí a potência da peça. Quem assiste, garanto, não se arrepende. (Paulo Fávari).
 Poesia crua. O Grupo Clariô constituiu na cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, a ocupação de um espaço próprio de pesquisa e de exibição (uma casa simples, na Rua Santa Luzia, ao número 96, radical e intensamente cenografada com estruturas rústicas, típicas das favelas e de comunidades periféricas) e que deu impulso a uma cena originalíssima nascida a partir do estudo de uma série de contos do escritor nordestino Marcelino Freire. Apenas atrizes ocupam a cena para dar voz à dor própria das mulheres vitimadas pela sociabilidade miserável e à percepção feminina dos horrores deste mundo. (…)A crueza da poesia, que não faz esforços para evitar um metódico sabor grotesco, presente em histórias curtas e em fragmentos de narratividade urbana que ocupam os vários cômodos da “casa do povo” do Taboão da Serra, capitaneada pela direção firme de Mário Pazzini, em “Hospital da Gente”". (Professor Rogério Toscano).
Clariô: uma luz na periferia! Grupos como o Nós do Morro, no Rio de Janeiro, Clariô, em São Paulo e indo mais longe o Bando de Teatro Olodum, na Bahia, iniciaram um novo caminho no Brasil que é o de incluir os excluídos e apresentá-los para o mundo: suas vidas, seus gestos, suas palavras erradas, seus barracões; toda uma cultura periférica que não queremos aceitar, mas que está logo ali num morro qualquer atrás das nossas casas. (Rangel Andrade)
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Serviço: 
HOSPITAL DA GENTE no CFCCT
Teatro CFCCT, 3º Pavimento | Sábado 07/09 às 20h00 e Domingo 08/09 às 19h00 | Duração: 105 minutos. Classificação: 12 anos. Entrada gratuita. (os ingressos devem ser retirados 1 hora antes do início da sessão, limitados a um por pessoa).
CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURAL CIDADE TIRADENTES
ENDEREÇO: Av. Inácio Monteiro, 6900 - Cidade Tiradentes, São Paulo, SP. 
FICHA TÉCNICA: 
TEXTOS: MARCELINO FREIRE
DIREÇÃO : MÁRIO PAZINI
MÚSICAS E DIREÇÃO MUSICAL: NARUNA COSTA
CENÁRIO: ALEXANDRE SOUZA
ILUMINAÇÃO : WILL DAMAS 
ELENCO: MARTINHA SOARES, MAIRA GALVÃO, NALOANA LIMA, NARUNA COSTA, PALOMA OLIVEIRA, FLÁVIA DÁLIMA E ADRIANA MIRANDA
CENOTÉCNICO E OPERADOR DE LUZ: WASHINGTON GABRIEL
CONTRA REGRA: PABLO QUIÑONES.
MÚSICA "BERADÊRO"- CHICO CÉSAR

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