terça-feira, 27 de setembro de 2011

36º QUINTASOITO - "SOLOS". NESTA QUINTA FEIRA- AS 20H - NO ESPAÇO CLRIÔ!

E NESTE 36º QUINTASOITO: "SOLOS".

O encontro será com dois artistas: Kleber Lourenço (Pernambuco) e Viviane Palandi (Sto André - SP), que oferecem uma discussão sobre seus trabalhos, que tem como princípio um único corpo em cena. Um solo.
 O encontro acontecerá nesta QUINTA FEIRA (29/09) AS 20H. no ESPAÇO CLARIÔ.  Assistiremos uma mostra do trabalho dos artistas e, após uma sopa, iniciaremos o nosso precioso debate-papo.
GRATIS.

Saiba mais sobre os convidados..

Kleber Lourenço 
Visível Núcleo de Criação - PE

Visível Núcleo de Criação
Visível Núcleo de criação surgiu no ano de 2005 e reúne artistas-criadores com áreas de atuação nas linguagens do teatro, dança, cinema e arte-educação. Empreende ações voltadas para pesquisa artística e formação cultural. De 2005 pra cá, o núcleo participou de importantes eventos e festivais de artes cênicas pelo país e no exterior. Fazem parte do seu repertório, os espetáculos: Jandira (2005), Negro de Estimação (2007), O Acidente (2010), Estar aqui ou ali? (2011) e o projeto Curta Teatro (2010).www.visivelnucleo.blogspot.com


 Kleber Lourenço
Kleber Lourenço é ator, bailarino, coreógrafo, encenador e arte-educador, graduado no Curso de Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco. 
Diretor artístico e fundador do Visível Núcleo de Criação, Coordenador/fundador do coletivo Colaborativo Permanência. 


 Possui experiência profissional em teatro, dança e cinema. Fez residências artísticas na França, Portugal, São Paulo, Pará, Bahia e Pernambuco. Foi bailarino do Grupo Grial de Dança e dirigiu encenações para vários projetos e grupos do Recife. Com o Visível Núcleo de Criação é intérprete-criador dos espetáculos Jandira (2005), Negro de Estimação (2007), O Acidente (2010), Estar aqui ou ali? (2011). Coordena e produz o projeto Curta Teatro, que promove o intercâmbio entre cineastas e atores.

VIVIANE PALANDINNo tilintar dos dedos ouço o som que passa.
No tilintar dos dedos ouço o som que passa por eles e segue a direção da música.
No tilintar dos dedos ouço: o som!
Os pés.
Os pés que caminham em direção ao som que passa pelos tilintar dos dedos.
Os pés que forçadamente seguem o som do tilintar dos dedos.
Quero seguir a música. Uma inércia estúpida que segura o peito. Não! Corte a corda e siga a música. Vão pés: caminhem ao encontro da música. Caminhem. Caminhem. Sintam o cheiro do pó, da terra. Abra os braços para que o ar adentre os orifícios do corpo. Sinta. Sinta o ar adentrando o corpo e levando-o ao encontro da música. Voe. O corpo. O corpo que sustenta o peso. O peso com sabor de mel que levo no peito, nas costas, no sacro, na cabeça, nos olhos. O choro. As lágrimas que saem dos olhos fazem parte do meu ser vital. O excremento que meu corpo exclui faz parte do meu ser vital. A saliva quente e úmida faz parte do meu ser vital. O ar que expiro faz parte do meu ser vital. O ar que lubrifica os sentidos e entorpece as vísceras. O gosto dos lábios frescos que permeiam sabores e toques. A pele que suga o frescor dos toques. A pele que sente a pele. Caminhe. Caminhe. Sinta. Chore. Voe. Grite. O silêncio do grito que sucumbe dentro de mim. Grite para que eu ouça. Grite para que o que esteja ao redor vibre com a força do som que passa através do tilintar dos dedos.  Sustente o grito. Sustente o silêncio. Sustente o peso da escolha. Sustente o amor.
Abra os braços e sinta o vôo do pássaro visionário que passa pelo peito e bate suas asas e faz vibrar o furacão dos desejos ocultos.
Caminhe. Caminhe.
Sinto a música. Ouço-a perto de mim. O corpo está próximo.
Caminhe. Caminhe.
Viva com os braços abertos para que a música entre por todo o ser-vital.
SINOPSE
 Nascido da manifestação cênica poética, em primeira instância revela-se como poesia proclamada, necessária: vitalidade explosiva. Sendo significado pelo gesto, a palavra falada se faz linguagem de expressão de um corpo inquieto. O texto pronunciado acontece cenicamente como espécie de metalinguagem, ao se falar de corpo com o próprio corpo, ao se falar de liberdade com liberdade, ao se falar de vida com a própria vida: são as palavras das vontades, da musicalidade, e da fé; um texto que grita para se ouvir, indicando caminhos, porém em constante busca de compreensão.

FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO/CONCEPÇÃO: Viviane Palandi
TEXTO POÉTICO: Viviane Palandi
ATRIZ:  Viviane Palandi                    
Contato – vivianepalandi@yahoo.com.br – (11) 9605-8107

GRUPO CLARIÔ DE TEATRO
contatos:
grupoclario@uol.com.br
www.espacocalrio.blogspot.com

Nenhum comentário: