Irresistível...
Tive que sequestrar esta postagem do blog de Marcelino Freire, pra compartilhar com vocês um tiquin de nossa história, através das palavras de grande escritor e maravilhoso amigo!
Vejam aí:
Estávamos eu e o Chico César. Há uns três anos, em um evento no b_arco. Quando vimos a atriz Naruna Costa. Soltando a voz. Putz! Porra! Numa interpretação furiosa da música Beradêro do Chico. Fomos nós dois falar com a Naruna. E ali conhecemos o grupo Clariô, de Taboão. Dei a eles um exemplar do meu Contos Negreiros. Depois, recebi um telefonema. Eles iam levar meus textos à cena. Do sobrado em Taboão, construíram uma favelona. Vielas e quartos onde habitaram meus personagens. A direção de Mario Pazini. E só mulheres no elenco. São sete ao todo. Lembro de minha emoção. Quando me disseram: "vamos ficar um ano em cartaz, custe o que custar". Há muitas cenas ao ar livre. Quando chove, enche de enchente. Quantas vezes o grupo teve de recolher as roupas. E cancelar a apresentação. No dia em que o Chico foi ver, não viu. O toró caiu. Puta que pariu! O título da peça é Hospital da Gente. Extraído exatamente da Beradêro do Chico. Pois bem: o tempo (ou seria temporal?) passou. E a peça já ganhou vários prêmios. Volta, de vez em quando, em temporada. Já viajou para o Rio de Janeiro, já foi contemplada com o prêmio Myriam Muniz, recebeu o ProAc, circulou por vários cantos da periferia de São Paulo, enfim, assado. E a partir de amanhã, patrocinados pela Caixa, eles estarão de graça na Caixa Cultural, sempre de quinta a domingo, às 19h30, até o dia 30 de maio. Uma vitória. Bem sei. A luta dessa trupe talentosa. Não canso de agradecer. A luz que eles me deram. Sempiternamente. Mais sucesso, queridos, sucesso! São Vozes de faca cortando / Como o riso da serpente / São sons de sins, não contudo / Pé quebrado verso mudo / Grito no hospital da gente. E tenho ditO. Para saber mais, clique aqui em cima. E beijos no umbigO. Fui."
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